domingo, 20 de setembro de 2009

O Desafio Matemático do Ensino Superior


Sem dúvidas é um terrível sacrilégio para quem entra pela primeira vez no Ensino Superior quando se depara com o ensino da matemática. De cara já vê assuntos complicadíssimos para uma formação mediana, como limites, derivadas, integrais e álgebra. Além das inúmeras funções que tem de dominar absolutamente, ainda existe o medo das provas que são extremamente exigentes com altos níveis de acertos.




Mas quem acaba de entrar numa Faculdade onde a matemática faz parte da grade curricular como base, vai um lembrete: É preciso, antes de tudo, amar a disciplina para ser bem sucedido nela. Os cursos de Administração,Contabilidade, Geografia, Oceanografia são alguns dos que envolvem a matemática, mas há ainda aqueles que labutam diretamente com ela em níveis altíssimos, como as Engenharias (de pesca, da computação, civil, elétrica, mecânica, ambiental e outras) bem como Matemática, Física e Astronomia são algumas terrivelmente recheadas de cálculos.

Nessas últimas é que vem a peleja. Lidam com matemática pura quase que o tempo todo, e logo nos primeiros períodos os alunos são bombardeados com equações de todos os lados e iniciam de uma forma dura e direta. Cálculo I, nome de umas das disciplinas, é feroz e devora praticamente quase que metade de uma turma. Há casos de classes que perderam em um dos Cálculos I, II, III ou IV, quase que inteiras, passando apenas alguns dois ou três! O estudo de limites até que não é complicado, mas quando inserido às derivadas e integrais, surge a necessidade imperiosa de um conhecimento matemático refinadíssimo, pois explora funções e uma trigonometria  monstruosa, além de um mais que ecxelente nível de geometria plana, espacial e analítica, sem mencionar a álgebra envolvida com seus vetores, planos uni, bi, tri e multi dimensionais. É um terror, mas extremamente necessários, o que exige uma dedicação muito grande dos estudantes, com horas e horas de estudos, se não: Final, na melhor das hipóteses.




A maioria das Universidades não admitem que qualquer um faça a final de alguma disciplina sem antes alcançar uma certa nota. Por exemplo, em muitas Instituições são cobradas duas avaliações no valor de 10 pontos. Se o estudante tirar, em ambas as provas, menos que seis pontos, não vai para final, perde direto!
Imagine isso com as ciências exatas e que na sua imensa maioria são pré-requisitos! E há Universidades que cobram pontuações mais altas, como sete, para conseguir a chave da prova final!

Pré-requisitos são aquelas matérias que não podem ser cursadas sem que antes o candidato a ela tenha sido aprovado por outra anterior. Exemplo: Um certo estudante perdeu em Análise I e ela é pré-requisito para Análise II. Este não fará Análise II enquanto não pagar Análise I. E a situação piora quando uma só disciplina é pré-requisito para mais de uma! Geralmente Cálculo I é pré-requisito para Análise. Não só Cálculo I, mas o II, III ou IV. Então se não pagar Cálculo I, não paga Cálculo II, nem o III, IV ou a  algumas das Análises. Agora deu para entender porque todo universitário só vive estudando e sofrendo? Também deu para entender porque quando eles fazem aquelas festinhas, normalmente nunca saem no diminutivo, mas são verdadeiros carnavais?


O desafio hoje no Ensino Superior nas Exatas consiste em reduzir as baixas notas sem reduzir a qualidade do ensino formando pessoas capazes e gabaritadas ao exercício ao qual foram preparadas. E mais, não deixar de investir em mais recursos pedagógicos e tecnológicos para sempre acompanhar a modernidade e suas mudanças. Infelizmente o primeiro e mais fundamental passo é o mais difícil. A evasão nesses cursos é muito grande e o número de formandos menos ainda. Isso implica numa baixa injeção de pessoas habilitadas em tecnologia e que poderia estar produzindo mais tecnologia e progresso para a nação. Parece ser um papo meio repetitivo, mas é a pura verdade. Não basta apenas formar, é necessário ter uma boa qualidade, investir e acompanhar as mudanças.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bem garoto!
BOM TRABALHO E PARABENS.

Matemática: Arte das Trevas?

Tudo começou quando há um certo tempo um amigo de faculdade chegou em sala de aula totalmente maravilhado com um pequeno comentário de um de seus alunos. Ele foi surpreendido pelo pequeno com uma pequena e desconcertante pergunta: "Ei, você que é o Professor das Artes das Trevas?"

Bem pode ser que a maioria das pessoas não chegue a tanto como o garoto, mas certamente também compartilham com ele o mesmo espírito desbravador dessa que é realmente uma ciência oculta e perigosa e que ensina a os homens a pensarem por si , construirem um futuro melhor e a tornar mais gratificante e facilitadora a vida.

Aqui serão tratados assuntos referentes à matemática, ao seu dia-a-adia, leitor, ao seu cotidiano, inter-nauta, à sua sede de descoberta, curioso, à todos aqueles amantes da Ciência das "Artes das Trevas". Não tenham medo do nome, é parte do homosapiens temer do desconhecido e apenas caminhamos em direção ao entendimento da matemática e a uma nova visão de mundo.

À todos sejam Bem Vindos!

A Evolução das Perguntas

A Evolução das Perguntas
Homem aprendendo a fazer fogo e a contar